Malcolm X foi um dos maiores líderes da luta antirracista do século 20. De uma infância marcada pela violência do racismo à formação como um dos oradores mais influentes do movimento negro, sua trajetória é uma lição de consciência, coragem e transformação.

Infância
Malcolm X nasceu como Malcolm Little, em 1925, em Omaha, Nebraska. Seu pai era um pastor e ativista ligado a Marcus Garvey. A família sofreu constantes ameaças de grupos supremacistas como a Ku Klux Klan. Em 1931, o pai morreu em circunstâncias suspeitas, e sua mãe, abalada e empobrecida, foi internada. Malcolm cresceu em lares adotivos, enfrentando o racismo institucional e a exclusão escolar.
Prisão e transformação
Na juventude, Malcolm se envolveu com crimes e foi preso aos 20 anos. Durante os seis anos de prisão, teve contato com livros, educou-se por conta própria e conheceu os ensinamentos da Nação do Islã. Esse período marcou uma profunda transformação pessoal e ideológica, onde passou a enxergar a luta racial como central para sua vida.

Ascensão como líder
Após sair da prisão, tornou-se um dos principais porta-vozes da Nação do Islã. Seu discurso firme e direto denunciava a violência racial, o racismo institucional e defendia o direito dos negros à autodefesa. Sua postura combativa contrastava com o pacifismo de Martin Luther King Jr., mas encantou milhões de pessoas com seu orgulho negro e crítica ao sistema opressor.
Legado
Malcolm X foi assassinado em 21 de fevereiro de 1965, aos 39 anos, em Nova York, durante um discurso. Apesar de sua morte precoce, tornou-se um ícone da resistência negra e da luta antirracista. Seu pensamento influenciou gerações e inspira movimentos sociais até hoje, como o Panteras Negras e o Black Lives Matter.

DACOR Indica
De 17 a 30 de maio, a Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, recebe uma série de atividades, com curadoria do Jovem Monitor Cultural Makunge Omowale, para homenagear Malcolm X. Confira a programagração na página do Instagram @bibliotecamariodeandrade