Assata Shakur: revolucionária, militante dos Panteras Negras e símbolo da resistência antirracista

Assata Shakur nasceu em 1946 como JoAnne Deborah Byron, mas se recusou a manter seu nome de nascimento, que ela enxergava como uma herança do período de escravização, adotando a identidade Assata Olugbala Shakur, um ato político que marcou sua dedicação à libertação negra.

Essa mudança reflete sua profunda imersão no ativismo. Nos anos 60 e 70, ela se destacou como membro do Partido dos Panteras Negras e como líder do Exército de Libertação Negra (BLA), dedicando-se a programas sociais e à luta contra a violência policial nos EUA.

Quem foi?

Assata Shakur (nascida JoAnne Deborah Byron, em 16 de julho de 1947), foi uma ativista política estadunidense, militante dos Panteras Negras e do Exército de Libertação Negra (BLA), escritora e poeta. Ela se tornou uma figura central na luta negra contra o racismo sistêmico e a repressão política nos Estados Unidos.

Infância e ativismo inicial

Assata nasceu no Queens, em Nova York, e passou parte de sua infância em Wilmington, Carolina do Norte. Ainda jovem, envolveu-se com movimentos estudantis e políticos enquanto estudava no Borough of Manhattan Community College e no City College de New York. No final da década de 1960, ingressou nos Panteras Negras, participando de ações comunitárias como clínicas de saúde e programas de alfabetização.

Acusações

Em 1971, Assata entrou para o Black Liberation Army (BLA). Em 2 de maio de 1973, foi baleada e presa após um confronto com a polícia na New Jersey Turnpike, em um episódio que resultou na morte de um policial. Em 1977, foi condenada por esse crime e outras acusações, julgamento que seus apoiadores consideram racista e politicamente motivado.

Cumprindo prisão perpétua, escapou em 1979 com ajuda de militantes e, em 1984, recebeu asilo político em Cuba, onde viveu até o fim de sua vida.

Autobiografia

Em 1988, ela publicou Assata: An Autobiography (“Assata: Uma Autobiografia”), escrita enquanto vivia em Cuba. Nesse livro, ela relata sua infância, juventude, envolvimento político, os eventos do tiroteio de 1973, sua prisão, as condições carcerárias, e sua fuga e exílio.

Procurada

Assata Shakur foi incluída na lista de terroristas mais procurados pelo FBI em 2013, sendo a primeira mulher a aparecer nessa lista. Ao mesmo tempo, defensores afirmam que seu julgamento foi marcado por racismo e perseguição política.

Legado

Assata Shakur faleceu em 25 de setembro de 2025, aos 78 anos, em Havana, Cuba. Seu legado inclui inspiração para movimentos antirracistas, feministas, escritores, e ativistas no mundo todo. Ela permanece símbolo de resistência contra opressão racial e injustiça.