Para o início deste artigo, dois fatos evidenciados pela Sociologia devem ser apresentados: 1) em todo grupo social são encontradas forças unificadoras e forças divisoras; 2) a intensidade dessas forças varia de sociedade para sociedade e de momento histórico para momento histórico. Ou seja, dependendo da sociedade e do momento histórico no qual ela se insere, há uma preponderância de um ou outro tipo de força. Como corolário de tal fundamento, a Sociologia constata que a “união” e a “oposição” compõem os dois processos essenciais da vida em grupo, dos quais derivam os processos sociais que todos nós reproduzimos ao longo de nossas vidas, a saber: cooperação, competição, conflito, acomodação e assimilação. Longe de se propor um exercício de explicação de cada um deles, visto este texto não ser de teor sociológico , destacam-se, para o que aqui se pretende, a cooperação e a competição. A cooperação, de maneira muito simplificada, pode ser descrita como uma prática em que duas pessoas – ou mais – desempenham, ou a mesma função, ou funções diferenciadas, visando um fim comum. E a competição, de modo igualmente simples, deve ser entendida como a forma básica de embate social, que se justifica pela escassez de recursos e que materializa uma condição de rivalidade, podendo culminar, até mesmo, em violência(s). Pois bem, nas práticas sociais contemporâneas, pode-se notar uma intensa reprodução de valores individualistas que terminam por minar desejos e ações que se voltem para o coletivo, o que intensifica a valorização do “eu” em detrimento do “nós”. Nota-se, em termos de processos sociais, uma preponderância da competição sobre a cooperação, prevalecendo, portanto, nas construções sociais, os valores individualistas. Porém, afortunadamente, há pessoas que não são assim, que não agem de modo autocentrado. Ao contrário, são pessoas generosas, altruístas, que reconhecem a relevância dos conceitos gregários e utilizam seu tempo e seu espaço para os colocarem em ação, praticando a fraternidade, a solidariedade, a cooperação. E é sobre isso, sobre pessoas assim que este artigo se refere ao ressaltar as parcerias do DACOR nesse momento inicial, registrando o quão elas têm sido imprescindíveis, e que, caso não existissem, não teria sido possível o consumar dos passos iniciais do DACOR, que, inclusive, já deixaram suas primeiras pegadas, e isso comporta um grande significado. Para um Instituto que possui como valores a construção de pontes e diálogos, educação e conscientização, ética e cidadania, todos obviamente relacionados a uma proposta coletiva, o DACOR, por isso, gostaria de registrar e agradecer essas parcerias, que, graças à sua sensibilidade, vêm tornando possível, como já mencionado, a construção do DACOR enquanto um Instituto dedicado ao fim do racismo no Brasil. Vale destacar que o DACOR ainda está em processo de institucionalização e registro do estatuto, e por essa razão ainda não teria outra forma de viabilizar o início do projeto se não fosse o apoio e parceria destas pessoas incríveis! Assim, fica a nossa gratidão à Samira de Vasconcellos Miguel por toda assessoria jurídica a nós prestada bem como à Heloísa Oliveira que nos orientou sobre captação de recursos e ao Itamar Zonaro, com a assessoria contábil. De igual forma, agradecemos às empresas: Invitro Comunicação, nas pessoas de Victor Miranda, Bruno Chaves, Thais Naldoni, Sergio Bernadelli e Alex Saraiva que idealizou a marca; a i22, particularmente ao Patrick Pontes e ao Rafael Bueno, responsáveis pela manutenção do site. Faz-se, também, fundamental mencionar os parceiros voluntários dos nossos projetos em andamento, Leila Cabral, Sabrina Ribeiro, Victória Martinez, Luiz Alves, Adelmo Eloy, Cleidson Borges. Importante mencionar todos os que estão nos bastidores: esposas, maridos, namorados e namoradas, amigas e amigos, filhas e filhos, familiares, que, desde o primeiro momento, estão na torcida, trazendo insumos, orientações e boas vibrações para que o DACOR acontecesse. Também agradecemos a todas as pessoas que ouvimos e que nos ajudaram a guiar esse início de nossa trajetória. Nosso muito obrigado! Somente pudemos “vir ao mundo” por meio desses elos que vocês todos e todas proporcionaram. Como está registrado no site do DACOR, “o combate ao racismo deve ser uma causa de todos. Por isso, contamos com parceiros engajados que se comprometem a construir um Brasil com mais equidade racial”. Fica, então, o convite a você que está lendo esse texto para que, ao lado de todas essas pessoas e empresas mencionadas, possa, de igual modo, socializar do nosso inconformismo a fim de se tornar mais um(a) parceiro(a) do DACOR nesse caminho de enfrentamento efetivo contra as práticas racistas no Brasil.
UM AGRADECIMENTO ÀS PARCERIAS QUE ESTÃO NOS FAZENDO SER O QUE SOMOS
- Post author:Alexandre Dantas
- Post category:Destaque / Não categorizado
- Post published:2 de Julho de 2021
Alexandre Dantas
Co-fundador do DACOR. Doutor e Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”- UNESP – Araraquara. Docente por mais de 20 anos na PUC– Minas. É autor de “Vão e Desgraçado (e outros contos tão desimportantes quanto)”, publicado pela editora Urutau, em 2018.