Você já parou para pensar quem são os professores que estão à frente das salas de aulas da educação no Brasil?
A presença de professores negros ainda é menor do que deveria, mesmo em um país onde a maioria da população se declara preta ou parda. Isso reflete desigualdades históricas e estruturais que afetam a carreira docente e a diversidade nas salas de aula.
Ensino básico
Os dados mais recentes sobre professores negros ensino básico são de 2017.
De acordo com a pesquisa PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL: CONDIÇÕES DE VIDA, INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO E REMUNERAÇÃO, entre professores da educação básica, os brancos predominam:
os professores brancos correspondem a 8,7% da categoria, enquanto os professores negros correspondem a 8,1%.
Distribuição geográfica
Em 2017, no Norte, há proporção maior de homens negros docentes (16,5%) comparado a outras regiões.
No Sul, as professoras negras representam proporções menores, enquanto no Nordeste sua presença é maior (59,5%.).
No meio rural, a presença de professoras negras é mais forte no Nordeste (62,3%), já no Sul, 68% são mulheres brancas.
Ensino superior
De acordo com análise dos dados do Censo da Educação Superior 2023, apenas 21% dos docentes universitários declaram-se pretos ou pardos.
Isso quer dizer que quase 80% do corpo docente nas universidades brasileiras é composto por pessoas brancas.
Educar com representatividade
A representatividade docente é essencial para que estudantes se vejam refletidos nos profissionais que os educam. Quando crianças e adolescentes observam professores que compartilham de suas identidades, sentem-se mais inspirados e incluídos, reconhecendo que a educação também pode ser um caminho de oportunidades e inclusão.
Investir na valorização e na ampliação da presença de professores negros e também indígenas e quilombolas, é investir em uma educação mais justa, diversa e de qualidade, capaz de refletir a pluralidade do Brasil e transformar vidas.
