A COP30, conferência global da ONU sobre mudanças climáticas já começou, em Belém, no coração da Amazônia.
O evento reúne governos, organizações e especialistas para discutir o futuro do planeta, redução de emissões, adaptação, financiamento e justiça climática. Mas as discussões sobre raça e justiça climática ainda são minoria.
Embora o Brasil tenha lançado uma Declaração de Combate ao Racismo Ambiental e o Ministério da Igualdade Racial reforce a participação de comunidades negras, quilombolas e tradicionais, esses temas seguem representando menos de 7% da programação oficial.
O que é a COP 30?
A COP 30 — a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes) — acontece de 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém (PA), Brasil. É uma reunião internacional para debater como enfrentar as mudanças climáticas: redução de emissões, adaptação, financiamento e justiça climática.
Mas… nem todos os temas ganham o mesmo espaço nas discussões.
Entenda as Zonas da COP30

Zona Azul: onde ocorrem as negociações oficiais entre países.
Zona Verde: espaço aberto ao público, com debates, exposições e eventos culturais.
Essas zonas representam duas formas de participar da conferência, mas a presença de pautas raciais ainda é pequena em ambas.
A COP30 também será palco para debater justiça climática e étnico-racial
O Brasil lançou uma “Declaração de combate ao racismo ambiental” ligada à COP30, que reconhece os impactos desproporcionais sobre populações negras, indígenas e demais comunidades tradicionais.
O Ministério da Igualdade Racial, por meio do Ministério da Igualdade Racial, articulou a participação de comunidades tradicionais, afrodescendentes e quilombolas no processo preparatório da COP30.
Embora fundamentais, os debates sobre justiça climática relacionada à questão étnico-racial ainda são minoria na programação oficial da COP30
A zona azul conta com 144 debates e propostas, dentre eles apenas 9 abordam questões étnico-raciais.
A zona verde conta com 142 temas relevantes, no entanto apenas 10 falam sobre raça, etnia e justiça climática.
Ou seja, os temas étnico-raciais representam menos de 7% das mesas (6,64%)
Confira os temas da zona azul
10/nov Ministério das Cidades – Periferias e justiça climática: desafios e inovações
17/nov Ministério dos Povos Indígenas – Proteção das terras indígenas e operações de desintrusão e governança territorial: avanços, desafios e interfaces com a crise climática
17/nov Prefeitura Municipal de Bragança – Vozes da Maré: comunidades tradicionais e o futuro dos manguezais.
17/nov Conselho Nacional das Populações Extrativistas – A resposta somos nós: contribuições dos territórios dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais extrativistas à ação climática global
17/nov Instituto Vitória Régia – Diálogo sobre a NDC Brasileira e a Proteção da Biodiversidade: Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Adaptação à Emergência Climática – Experiência Brasil e Colômbia
18/nov Ministério dos Povos Indígenas – PNAGTI e Justiça Climática: a importância da gestão ambiental e demarcação de Terras Indígenas no Brasil
19/nov Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome – O papel fundamental do combate à fome e à pobreza para a Justiça Climática: inserindo a perspectiva de desenvolvimento humano no centro da ação climática e das estratégias de adaptação
Confira os temas da zona azul
17/nov Instituto Vitória Régia – Diálogo sobre a NDC Brasileira e a Proteção da Biodiversidade: Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Adaptação à Emergência Climática – Experiência Brasil e Colômbia
18/nov Ministério dos Povos Indígenas – PNAGTI e Justiça Climática: a importância da gestão ambiental e demarcação de Terras Indígenas no Brasil
19/nov Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome – O papel fundamental do combate à fome e à pobreza para a Justiça Climática: inserindo a perspectiva de desenvolvimento humano no centro da ação climática e das estratégias de adaptação
20/nov PerifaConnection – Periferias pelo Clima: Tecnologias de Sobrevivência contra o Racismo Ambiental
20/nov Ministério da Igualdade Racial – Justiça Climática, Titulação Quilombola e os caminhos da Gestão Territorial e Ambiental
