Marcha das Mulheres Negras 2025: por que você está marchando?

Neste 25 de novembro, estivemos presentes na 2ª Marcha de Mulheres Negras. Durante a caminhada, perguntamos a algumas delas por que marcham, passe para o lado e confira!

O Instituto DACOR acompanhou de perto esse movimento de luta, resistência e afirmação, registrando histórias, vozes e motivos que reforçam a urgência de seguirmos juntas na construção de um futuro mais justo e antirracista.

Marchar é existir, resistir e lutar por reparação e bem viver!

Eu sou uma travesti negra com 31 anos, a expectativa de vida de mulheres trans negras no Brasil é de 35 anos, por isso que eu estou aqui marchando por reparação e bem viver, entendendo que não existe justiça sem as mulheres trans seguras e com vida, saudáveis, com emprego, trabalho, todos os direitos que nos são negados. Eu marcho pelo bem viver e reparação das minhas ancestrais.”

Caiene Reiner, 31 anos – Goiás

A gente marcha porque o país ainda não reconhece o tamanho da nossa importância. A gente tá marchando porque a gente precisa de direitos, inclusive da possibilidade de nos ver representadas no sistema tributário federal desse país e judiciário. A gente marcha porque o nosso corpo e a nossa vida alimentou esse país e a gente precisa desse olhar e desse novo modelo de vida que é a partir de nós mulheres negras.”

Iya Katiuscia – Rio de Janeiro

Estou aqui por reparação e bem viver por nós e pela nossas ancestrais.

Aridan – Goiás

Eu marcho porque eu acredito nas mulheres negras. Essa marcha é a referência para esse país, para a América Latina e para o mundo, que nós mulheres negras marcharmos em prol de um bem viver que inclui a todas as mulheres negras.

Heliana Hemeterio – Rio de Janeiro

Eu estou marchando pelas que passaram, pelas que estão e as que virão. É por isso que eu marcho! Para que as que virão saibam que nossas ancestralidades construíram para que nós estejamos aqui hoje e para as próximas que virão.”

Bárbara Bombom –  Goiás

Essa Marcha representa toda uma caminhada que o povo negro fez desde 1530, quando aqui chegaram como escravizados, mas não se renderam, eles lutaram e construíram mulheres como eu e tantas outras.

Maria Odete da Costa – Santa Catarina

Eu marcho pelas mais velhas que vieram antes de mim e abriram os caminhos para que eu pudesse estar aqui hoje. Eu marcho pelas minhas contemporâneas que todos os dias enfrentam várias lutas para que a gente possa ocupar inúmeros espaços, como o espaço de educação e o espaçode poder.

Daiana Lopes Dias, 44 anos – Rio Grande do Sul

Eu marcho pela liberdade de expressão, eu marcho pela não violência, marcho contra o feminicídio, marcho por toda forma de opressão e violência contra a mulher, principalmente contra a mulher negra que é a mais atingida nessa sociedade.”

Rosane de Albuquerque Pessoa – Pernambuco