A Marcha das Mulheres Negras 2025 se aproxima trazendo um tema poderoso: “Por Reparação e Bem Viver”. E, para entender o que sustenta essa luta, é essencial conhecer o Manifesto Econômico da Marcha das Mulheres Negras, um documento coletivo que propõe uma nova forma de pensar a economia brasileira.
Um documento construído por muitas vozes
O Manifesto é resultado de um amplo processo colaborativo. Mais de 300 mulheres negras de todo o país participaram de sua construção trabalhadoras, quilombolas, empreendedoras, acadêmicas e lideranças comunitárias.
Em conjunto com o No Front, essas mulheres partilharam experiências, saberes e visões para desenhar um projeto de país onde as vidas negras estejam no centro das decisões econômicas.
“É para esse país, acostumado a nos ver nas piores estatísticas, que anunciamos: estamos juntas, vivas e construindo futuros melhores.
Somos também as mãos e mentes que constroem novos caminhos coletivos. ’’
Trecho do Manifesto Econômico da Marcha Das Mulheres Negras 2025
Sete eixos para uma nova economia
A proposta do Manifesto está organizada em sete eixos fundamentais, que orientam esse novo modelo econômico:
- Reparação econômica
- Trabalho e renda
- Política macroeconômica
- Dignidade
- Investimento público
- Investimento privado
- Economia internacional
Cada um desses eixos parte das vivências e dos saberes das mulheres negras brasileiras, propondo caminhos concretos para uma economia justa, solidária e sustentável.
Economia, ancestralidade e futuro
Mais do que falar de economia, o Manifesto fala de vida, ancestralidade e futuro. Ele nos lembra que sem justiça racial, reparação histórica e o protagonismo das mulheres negras, não há bem viver possível.
O Manifesto Econômico da Marcha das Mulheres Negras é, portanto, uma convocação: para repensar as bases da economia brasileira e construir, juntas, um país onde todas as vidas possam florescer com dignidade.
Reparação, bem viver e economia
O manifesto defende uma economia que promova o bem viver, um modelo centrado no cuidado, na solidariedade e na vida digna. É uma crítica ao sistema atual, que privilegia o lucro e mantém desigualdades raciais, de gênero e territoriais.
Acesse através do site: marchadasmulheresnegras.com.br
